Prefeita: Helena Maria da Silveira
Vice-prefeito: Pedro Valdomiro
Piranguinho é um município brasileiro no interior do estado de Minas Gerais, Região Sudeste do país. Localiza-se a sudoeste da capital do estado, distando desta cerca de 480 km. Ocupa uma área de 124,803 km², sendo que 0,3 km² estão em perímetro urbano, e sua população em 2017 era de 8 597 habitantes.
A sede tem uma temperatura média anual de 15,9 °C e na vegetação do município predomina a Mata Atlântica. Com 61% da população vivendo na zona urbana, a cidade contava, em 2009, com sete estabelecimentos de saúde. O seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,717, considerando como alto em relação ao estado.
O povoamento de origem europeia do lugar teve início no final do século XIX, com a construção da Estrada de Ferro Sapucaí. Nas décadas seguintes, houve um desenvolvimento da agropecuária na região, que propiciou o crescimento econômico e populacional, tendo a cidade se emancipado do município de Brazópolis em 1962 e instalada em 1º de março de 1963. O comércio e o turismo ganharam força a partir da década de 1990, sendo que Piranguinho é considerada hoje como a capital nacional do pé de moleque, devido à tradição na produção desse doce.
História
O primeiro povo conhecido a habitar o sul de Minas Gerais foi o povo puri, que viria a ser dizimado com o avanço da colonização de origem europeia na região ao longo dos séculos XVIII e XIX.[8] No fim do século XIX, o o Brasil passava por uma hegemônica produção de café, cultura esta que se expandia pela Região Sudeste do país e favorecia investimentos na modernização da economia nacional. As terras do atual município pertenciam a Leocádia de Lourenço e estavam subordinadas a São Caetano da Vargem Grande (atual Brasópolis), sendo um dos lugares onde planejava-se a implantação do projeto "Rede Mineira de Viação", com objetivo de construir uma ferrovia que ligasse Itajubá a Santa Rita do Sapucaí. Com as obras da estrada de ferro, começaram a ser construídas as primeiras casas, dando início ao povoamento, que aos poucos ganhava infraestrutura. Em 1913, cria-se a primeira escola e o povoamento passou a ter abastecimento de água e energia elétrica.
Dado o desenvolvimento observado na localidade, pela lei estadual nº 556, de 30 de agosto de 1911, é criado o distrito de Piranguinho, subordinado ao então município de Vila Braz, que passa a denominar-se Brasópolis em 7 de setembro de 1923. Piranguinho emancipa-se pela lei estadual nº 2.764, de 30 de dezembro de 1962, com instalação oficial ocorrida em 1º de março de 1963 e sendo constituído por dois distritos: Olegário Maciel e a Sede. Pela lei nº 970, de 29 de abril de 2004, é criado o distrito de Santa Bárbara do Sapucaí.
A economia foi fortalecida na década de 1990 com o crescimento do comércio, apesar de as principais fontes de renda serem representadas pela agropecuária, extração vegetal e pesca. A cidade também destaca-se pela produção de doces, tendo passado a ser conhecida nacionalmente como capital do pé de moleque.
Topônimo
Existem duas hipóteses etimológicas tradicionais para o nome do município, ambas baseadas na junção dos termos tupis antigos piranga ("vermelho") e ĩ (sufixo diminutivo):
seria uma referência ao ribeirão Piranguinho;
seria uma referência a uma pedra vermelha de tamanho médio que existiria no município.
Geografia
A área do município, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de 124,803 km², sendo que 0,3682 km² constituem a zona urbana. Situa-se a 22°24'04" de latitude sul e 45°31'54" de longitude oeste e está a uma distância de 436 quilômetros a sul da capital mineira. Seus municípios limítrofes são Santa Rita do Sapucaí, a norte; Cachoeira de Minas, a noroeste; Brazópolis, a oeste; Piranguçu, a sul; Itajubá, a leste; e São José do Alegre, a nordeste.
De acordo com a divisão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística vigente desde 2017,[13] o município pertence às Regiões Geográficas Intermediária de Pouso Alegre e Imediata de Itajubá.[2] Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, o município fazia parte da microrregião de Itajubá, que por sua vez estava incluída na mesorregião do Sul e Sudoeste de Minas.
Relevo, hidrografia e meio ambiente
Rio Sapucaí entre Itajubá e Piranguinho.
O relevo do município de Piranguinho é predominantemente ondulado. Em aproximadamente 75% do território piranguinhense há o predomínio de áreas onduladas, enquanto cerca de 5% é coberto por mares de morros e terrenos montanhosos e os 20% restantes são lugares planos.[12] A altitude máxima encontra-se no Pico da Boa Vista, que chega aos 1 399 metros, enquanto que a altitude mínima está na foz do Ribeirão Vargem Grande, com 902 metros. Já o ponto central da cidade está a 840 m.
O principal rio que passa por Piranguinho é o Rio Sapucaí,[15] porém o território municipal é banhado por vários pequenos rios e córregos, sendo os principais o Ribeirão dos Porcos e o Ribeirão Piranguinho, fazendo parte da Bacia do Rio Grande.[12] A vegetação predominante no município é a Mata Atlântica, sendo que o principal problema ambiental presente, segundo a prefeitura em 2010, era o assoreamento de corpos d'água. A cidade conta, entretanto, com Conselho Municipal de Meio Ambiente, criado em 2008 e de caráter paritário, Fundo Municipal de Meio Ambiente e realização de licenciamento ambiental de impacto local.
Clima
O clima piranguinhense é caracterizado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, como tropical mesotérmico mediano úmido (tipo Cwa segundo Köppen),[17] tendo temperatura média anual de 15,9 °C com invernos secos e frios e verões chuvosos e amenos.[18][19] O mês mais quente, janeiro, tem temperatura média de 19,0 °C, sendo a média máxima de 23,5 °C e a mínima de 14,6 °C. E o mês mais frio, julho, de 11,7 °C, sendo 17,6 °C e 5,9 °C as médias máxima e mínima, respectivamente. Outono e primavera são estações de transição.
A precipitação média anual é de 1 504,9 mm, sendo julho o mês mais seco, quando ocorrem apenas 17,6 mm. Em dezembro, o mês mais chuvoso, a média fica em 276,7 mm.[20] Nos últimos anos, entretanto, os dias quentes e secos durante o inverno têm sido cada vez mais frequentes, não raro ultrapassando a marca dos 28 °C, especialmente entre julho e setembro. Em julho de 1998, por exemplo, a precipitação de chuva em Piranguinho não passou dos 0 mm.
Fonte: www.wikipedia.org